TEODORO DE CARVALHO E SILVA
CASTELO BRANCO
( Brasil – Piauí )
(Barras, 1829/1901).
Filho legítimo de Leonardo de Nossa Senhora das Dores Castelo Branco. Estudou apenas rudimentos das matérias que constituíam o curso primário do seu tempo, mas, dotado de vasta inteligência e empolgado pela natureza exuberante que o rodeava, cedo se dedicou ao cultivo da poesia e aos mais extremado exercícios venatórios que, a julgar por algumas de suas poesias, lhe proporcionaram encantadores momentos e lhe valeram o gracioso epíteto de "Poeta Caçador", por que era geralmente conhecido.
Fez-se soldado e seguiu com o corpo de revolucionários, que partiu de Teresina, a 19 de maio de ls865, para defender a dignidade nacional.
Voltou inválido, em consequência das moléstias, pouco depois regressava ao majestoso seio da natureza amiga, às caçadas e ao ameno trato de sua lira modesta.
Deixou "A Harpa do Caçador, 1884, pequeno volume de versos descritivos.
Patrono da cadeira no. 6, da Academia Piauiense de Letras.
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ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES [por] Félix Aires. [Teresina: 1972.] 218 p. Impresso no Senado Federal Centro Gráfico, Brasília. Ex. bibl. Antonio Miranda
SONETO
As aves que trinavam sonorosas,
Por contentes te ver nos pátrios lares,
Gemem hoje nos bosques pesarosas
Por não te verem mais nestes lugares!
Do jasmineiro as flores se murcharam
E se foram dos ramos deslizando,
Até que finalmente se acabaram,
O vento uma por uma foi levando:
Tudo aqui se mudou inteiramente
Desde que deste sítio estás ausente,
O galo, que cantava no poleiro
À meia-noite, anunciando o dia,
Não mais cantou; seu canto derradeiro
Foi quando ele de ti se despedia...
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Página publicada em março de 2023
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